De corpo suado
De olhos meigos e doces
De boca ardente...
Nenhuma paisagem se iguala
à visão que tenho de você
Explosão de raça em forma de ser
o que mais quero:
Entrelaçar nossas peles retintas
Me animar de vida,
Buscar meu céu em sua terra
Saciar minha sede de mel em seu mistério.
Tatuar-te em meu corpo
para ter a certeza de tê-lo
preso-colado-filtrado em mim
na própria pele
rasgando a epiderme
que nem laser apaga
que aos poucos me rasga
e se fixa e me marca
num uno indivisível
(Lia Vieira, in Cadernos negros 15)
CANTO À AMADA
Não fosse sua boca um luar
E seus olhos
Cintilantes estrelas
Não fossem suas mãos
Perfumadas pétalas
E teus braços
Um leito acolhedor
Não fosse sua vida minha vida
E teu corpo minha inspiração
Ainda assim te adoraria
E te chamaria: meu amor
Pois a ti eu pertenço
Como a própria pele...
-.-.-.-.-.
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