terça-feira, 21 de outubro de 2008

MUDAMOS

Mudamos para o wordpress:



vamos lá - http://pedalante.wordpress.com/


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domingo, 19 de outubro de 2008

Aguarde...

foto: CMI

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domingo, 12 de outubro de 2008

World production

"Essa vem do Economist.com. Ela compara a produção de automóveis e bicicletas, mostrando que a produção destas cresceu muito mais do que a de carros após os anos 1970". capturado no Fragmentos do Cotidiano.

Made in where?

As fábricas de bicicletas mantém alguns de seus segredos guardados a sete chaves. Um dos segredos “mais secretos” é o local de produção das suas bicicletas.

Pra começar, como definir se a bicicleta é “Made in USA”, “Made in Italy” ou “Made in Taiwan”? A regra de ouro da indústria de bicicletas é que o país de origem deve agregar 60% do valor do produto final.

Pois bem, é possível comprar uma bicicleta com quadro de fibra de carbono e componentes Shimano por algo em torno de US$ 8.000,00 aqui no Brasil. A “alma” dessa bicicleta (ou melhor dizendo, o quadro) pode ser comprado na China por US$ 200,00 (sem pintura e adesivos). No Brasil vamos adesivar, pintar, envernizar e colocar as demais peças. Pronto, não é difícil deduzir os valores das rodas, relação, freios, cockpit, etc, e então essa bicicleta será “Made in Brazil”. Fazendo essa mesma montagem no país de origem do quadro, ela seria “Made in China”. Complicado não é?

Uma pesquisa feita nos Estados Unidos concluíu que em torno de 95% das bicicletas comercializadas lá são feitas na China ou em Taiwan (principalmente na Giant, a maior delas). Como o nosso mercado não é diferente, é possível afirmar que estamos na mesma situação.

Com essas informações em mente, consegui uma relação de algumas marcas famosas vendidas nos EUA e sua história. Concluí que as minhas duas bicicletas são feitas em Taiwan pela Giant, embora não sejam Giant.

BIANCHI - Biachi e Schwinn tem histórias semelhantes: são empresas seculares, familiares, fabricantes de suas próprias bicicletas, além de terem sido muito populares nos seus respectivos países. Vieram tempos difíceis e foram vendidas, transferindo a totalidade de sua produção para a Ásia.
Em 1996 a Bianchi foi vendida a um conglomerado sueco (conhecido como Cycleurope) até ser transformada na Pacific, em 2001 e sob a Cycleurope, detém o nome de 11 marcas diferentes de bicicletas.

As bicicletas “Made in Italy” da Bianchi são uma fonte de confusão. Muitas das bicicletas RC (Reparto Corse) tem adesivos “Made in Italy”. Os quadros de Carbono RC são feitos pela Advanced International Multitech (um fabricante de Taiwan de peças de carbono de bicicletas, beisebol, golfe, flechas, varas de pescar, etc), e os de alumínio são feitos pela Taiwan Hodaka.

Alguns quadros que ainda são soldados em Treviglio (casa originária da Bianchi). Possivelmente as juntas de alumínio de alguns quadros de carbono são soldados, ou pelo menos, colados.

No passado os quadros da Bianchi já foram produzidos pela Giant, em Taiwan.

CANNONDALE - A fábrica que era propriedade do fundador e de seu filho, Joe Montgomery Scott é agora propriedade de fundos de investimento, após ter enfrentado problemas financeiros.

De acordo com a Bicycle Retailer and Industry News de junho de 2007 a manufatura dos quadros Cannondale é feita em Taiwan - provavelmente pela empresa Fritz-jou. Outros são soldados e pintados em Taiwan e em seguida enviados para os EUA para a montagem final.

Em fevereiro de 2008 a Dorel Industries anunciou a aquisição da Cannondale. Essa empresa já havia comprado a Pacific (Schwinn, Mongoose e GT) da Cycleurope em 2004.

CERVÉLO - Empresa canadense. As bicicletas são fabricadas na Ásia e montadas no Canadá. Simples assim.

COLNAGO - Em 1944 quando Ernesto Colnago trabalhou como aprendiz, aos 12 anos de idade, na loja de Dante Fumagalli ele não imaginava que se tornaria o mais famoso de todos os construtores italianos de quadros.

A Colnago é talvez o mais cobiçado de todos os quadros entre os profissionais. Basta olhar os sites especializados para ver quantas Colnagos aparecem nas provas.

Os quadros são feitos a mão na Itália, com exceção de três modelos de entrada feitos em alumínio, possivelmente pela Giant e do carbono CLS que também é feito em Taiwan.

DE ROSA - É uma empresa italiana (uma das “três grandes; Colnago, De Rosa e Pinarello). Ugo de Rosa, juntamente com seus filhos constroem bicicletas há mais de 50 anos, todas elas na Itália.

GARY FISCHER - Gary Fischer é o padrinho das MTB. Depois de lutar com sua própria empresa, vendeu a marca para a Trek Company. Ele continua envolvido na concepção e comercialização da marca, além de ser uma figura popular em eventos da indústria de bicicletas. Suas bicicletas são feitas na Ásia.

FUJI - Agora é propriedade da Ideal, que é um dos principais fabricantes de Taiwan, juntamente com a Giant e a Merida.

GIANT - Você pode estar andando ou já ter andado numa bicicleta da Giant sem sabê-lo! A Giant é a maior fábrica de bicicletas do mundo (há controvérsias, dizem que a maior é uma fábrica indiana), com fábricas em Taiwan, China e Europa. A Giant é uma empresa de Taiwan que foi fundada em 1972 fabricando suas próprias bicicletas, incluindo as de carbono. Além de suas próprias bicicletas, a Giant produz sob encomenda quadros para a Trek, Specialized, Schiwnn e Bianchi. A alegação dessas marcas é que a Giant tem os mais sofisticados e eficientes instalações de produção.

Além da sua própria fábrica, a Giant detém o controle de 30% da Hodaka, uma montadora de bicicletas de Taiwan, que monta as Bianchi.

KONA - Empresa californiana com toda a produção na Ásia. A Kona foi fundada em 1988, muito pequena, depende totalmente da produção desses países, principalmente da Hodaka

LEMOND - Inicialmente suas bicicletas foram feitas por Roberto Bilatto, na Itália e distribuídos pela extinta Ten Speed Drive Import (os quadros feitos por Bilatto são disputados a tapa por colecionadores).

Após uma tentativa de ter uma companhia independente, LeMond licenciou sua marca para a Trek e seus quadros são produzidos na Ásia, exceto o carbono, que é feito em Wisconsin.

LITESPEED - A partir dos anos 80 a Litespeed foi a pioneira nos quadros de titânio. Foi por um período de tempo a maior fabricante de bicicletas de alto nível do mundo. Todas as bicicletas, incluindo a marca Merlin são feitas por eles próprios no Tennessee. A Quintana Roo também é propriedade da Litespeed, mas é feita na Ásia.

Conforme a reputação cresceu, passaram a construir quadros para outras marcas como DeRosa, Merckx, Tommassini, Basso, Univega, Alpinestars, Marin e Rocky Mountain.

MASI - Faliero Masi foi o “avô” de todos os construtores italianos de quadros, servindo como fonte de inspiração para outros construtores famosos como Ernesto Colnago. Faliero vendeu sua empresa para os americanos no início dos anos 70. Desde então, a marca teve vários proprietários, incluindo a Schwinn. Atualmente a marca MASI é propriedade da Haro (empresa californiana especializada em BMX) e suas bicicletas são construídas na Ásia. Essas bicicletas em alguns lugares do mundo são comercializadas sob a marca MILANO.

ORBEA - Um dos dois grandes fabricantes espanhóis de bicicleta. Os quadros top são produzidos nos países da Ásia e acabados (pintados) na Espanha. A Orbea faz todo o design de suas bicicletas, engenharia e prototipagem. Constrói seus próprios moldes e produz muitos protótipos antes de entregar o grosso da produção para os chineses.

PINARELLO - Tem produzido bicicletas de alto nível desde os anos 50. Alguns quadros são feitos agora em Taiwan, como o Galileo (alumínio). Embora não se consiga confirmar, provavelmente a linha de carbono é feita na Ásia e enviados para a Itália para pintura e montagem.

RALEIGH - Há alguns anos a gestão é feita através dos proprietários americanos, sediados em Kent, Washington. A produção toda vem da Ásia, sendo seus principais fornecedores a Kinesis e A-Pro.

SCHWINN - Foi durante muitos anos a maior marca americana. Todas as bicicletas eram produzidas nos EUA até o final dos anos 80.

Em 1985, após duas falências, a Schwinn foi comprada pela Pacific, que também é proprietária da GT, Mongoose e da Pacific (além de outras), e a sede da empresa está sediada em Madison, Wisconsin.

Sob o domínio da Pacific, a Schwinn está retornado ao mercado, pois a Pacific vende mais do que qualquer outra marca nos EUA (mas no entanto, inclui-se nas vendas outras marcas vendidas em mercados como Walmart, Target, etc - seria as nossas “Houston” e “Sundown”). Todas as bicicletas Schwinn são produzidas pela Giant, na Ásia.

SCOTT - A Scott começou em Sun Valley, Idaho, quando Ed Scott desenvolveu o primeiro esqui de alumínio, em 1958. Na década de 80, a Scott desenvolveu uma linha de bicicletas.

A Scott retirou-se do mercado americano, centralizando-se na Europa, onde é a sua sede.

Depois de uma ausência de vários anos, a Scott voltou ao mercado americano, sob a direção de Scott Montgomery Cannondale. Apesar da empresa ser suíça, a produção é asiática, principalmente da Hodaka e Giant.

SPECIALIZED - Fundada em 1974 por Mike Sinyard tem reputação de ser líder na concepção e comercialização de bicicletas.

Anos atrás, a Merida (um fabricante de Taiwan) comprou uma parte substancial da Specialized e, embora ainda sediada na Califórnia sob a liderança do seu fundador, todas as bicicletas são feitas na Ásia, pela Merida, Ideal e Giant.

TIME - A Time produz um dos mais avançados quadros de carbono do mundo. Sua produção é artesanal e toda feita na França, mesmo nos quadros mais básicos.

TREK - A maior marca americana de bicicletas começou numa fazenda em 1976 com Dick Burke e um investimento de US$ 25.000,00 e só em 1980 construiu sua primeira fábrica em Wisconsin.

Depois de fazer suas bicicletas por muitos anos nos EUA, a Trek moveu a produção dos quadros de entrada e de nível médio para a Ásia.

Em 1992 introduziu o seu processo proprietário de processo de quadros de carbono chamado de (OCLV - Optimum Compaction Low Void) que até hoje é usado na sua linha, sendo que toda a produção (de estrada e MTB) ainda é feita em Waterloo, Wisconsin. A produção da linha de Carbono 5000 é feita na Ásia."

É a segunda maior marca de bicicletas do mundo, atrás da Giant (considerando apenas as marcas vendidas exclusivamente em lojas de bicicleta) e possui as licenças da Gary Fischer, LeMond, Klein e Bontrager.

leia mais

Fragmentos do Cotidiano

Maglia Rosa

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Quem sabe

"ATÉ O FIM"

Não, não pare,
é graça divina,
começar bem.
Graça maior,
é persisitir,
na caminhada certa.
Manter o rítmo...
Mas a graça das graças,
é não desistir.
Podendo ou não podendo,
caindo, embora
aos pedaços,
chegar até o fim!
(D. Hélder Câmara)

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2 cicloturistas, duas histórias. Uma única inspiração: pedalar!

leia mais

Valdo de Bike

BiciBrasil - Paulo Bruneta

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Tá na hora de ler


Madrugada de chuva, noite insone. Momentos de reflexão dominical.
Continue a leitura no Donos da Mídia.

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sábado, 11 de outubro de 2008

Momentos

Um dedão machucado. Leves dores...música para os ouvidos. Pausa nos pedais.

Outra poesia e um vídeo:

Nine Million Bicycles (tradução) - assista o vídeo aqui

Katie Melua

Composição: Indisponível

Há nove milhões de bicicletas em Pequim
Isso é um fato,
É algo que não podemos negar,
Assim como o fato que irei te amar até eu morrer

Estamos a doze bilhões de anos-luz do fim
Isso é uma suposição
Ninguém jamais pode dizer que é verdade,
Mas eu sei que sempre estarei com você

Eu sou aquecida pelo fogo do seu amor todos os dias
Então não me chame de mentirosa,
Apenas acredite em tudo que eu digo

Há seis bilhões de pessoas no mundo
Mais ou menos
E isso me faz sentir bem pequena
Mas você é aquele que eu amo mais que todos

Nós estamos no topo
Com o mundo a nossas vistas
E eu nunca vou me cansar,
Do amor que você me dá toda noite.

Há nove milhões de bicicletas em Pequim
Isso é um fato,
É algo que não podemos negar,
Assim como o fato que irei te amar até eu morrer

Há nove milhões de bicicletas em Pequim
E você sabe que irei te amar até morrer.

Nine Million Bicycles

Katie Melua

Composição: Indisponível

There are nine million bicycles in Beijing
That's a fact
It's a thing we can't deny
Like the fact that I will love you till I die

We are twelve billion light years from the edge
That's a guess
No-one can ever say it's true
But I know that I will always be with you

I'm warmed by the fire of your love everyday
So don't call me a liar
Just believe everything that I say

There are six billion people in the world
More or less
And it makes me feel quite small
But you're the one I love the most of all

We're high on the wire
With the world in our sight
And I'll never tire
Of the love that you give me every night

There are nine million bicycles in Beijing
That's a fact
It's a thing we can't deny
Like the fact that I will love you till I die

And there are nine million bicycles in Beijing
And you know that I will love you till I die

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quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Poeticamente Pedale

Balada das meninas de bicicleta

Meninas de bicicleta
Que fagueiras pedalais
Quero ser vosso poeta!
Ó transitórias estátuas
Esfuziantes de azul
Louras com peles mulatas
Princesas da zona sul:
As vossas jovens figuras
Retesadas nos selins
Me prendem, com serem puras
Em redondilhas afins.
Que lindas são vossas quilhas
Quando as praias abordais!
E as nervosas panturrilhas
Na rotação dos pedais:
Que douradas maravilhas!
Bicicletai, meninada
Aos ventos do Arpoador
Solta a flâmula agitada
Das cabeleiras em flor
Uma correndo à gandaia
Outra com jeito de séria
Mostrando as pernas sem saia
Feitas da mesma matéria.
Permanecei! vós que sois
O que o mundo não tem mais
Juventude de maiôs
Sobre máquinas da paz
Enxames de namoradas
Ao sol de Copacabana
Centauresas transpiradas
Que o leque do mar abana!
A vós o canto que inflama
Os meus trint'anos, meninas
Velozes massas em chama
Explodindo em vitaminas.
Bem haja a vossa saúde
À humanidade inquieta
Vós cuja ardente virtude
Preservais muito amiúde
Com um selim de bicicleta
Vós que levais tantas raças
Nos corpos firmes e crus:
Meninas, soltai as alças
Bicicletai seios nus!
No vosso rastro persiste
O mesmo eterno poeta
Um poeta - essa coisa triste
Escravizada à beleza
Que em vosso rastro persiste,
Levando a sua tristeza
No quadro da bicicleta.


Vinicius de Moraes

p.s. capturado no pedivela

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terça-feira, 7 de outubro de 2008

Em 5 de Outubro



O Dia Mundial do Professor é celebrado a cada 5 de outubro. A data foi criada pela UNESCO em 1994 com o objetivo de chamar atenção para o papel fundamental que os professores têm na sociedade.

A origem do Dia Mundial do Professor está ligada à divulgação do primeiro grande documento internacional sobre as condições de trabalho, direitos e responsabilidades dos docentes, conhecido como “Recomendações sobre a Condição do Professores da UNESCO e Organização Mundial do Trabalho”, em 5 de outubro de 1966.

Acesse aqui o site oficial (em espanhol, inglês ou francês)


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NADIE PASARÁ



"Olá camarad@s,
Escrevo este texto com muita tristeza. As palavras estão vindo direto, sem um ordem lógica.
Quero relatar para a lista a minha insastifação do fato que ocorreu na sexta-feira. Não vou entrar em muitos detalhes, pois somos vigiados por pessoas ferozes e covardes que agem na surdina.
Mas durante nosso passeio extra desta última sexta-feira(03/10), mais uma vez a Polícia Militar nos agrediu, nos impediu, e interrompeu nossas pedaladas.

Foto: Pedalada dos Pelados
14 de junho de 2008 - na Av. Paulista

Um dos nossos foi preso, um dos nossos teve seu celular jogado no chão, um dos nossos foi empurrado bruscamente e caiu de costas no chão, um dos nossos teve objetos retirados da sua mão com força e brutalidade, um dos nossos foi agredido covardemente. Todos tiveram que presenciar um PM sacar sua arma prateada. Todos viram a falta de preparo de dois soldados da PM que utilizaram a farda e o pseudo-poder para impedir nossa Bicicletada.
Eu só falo por mim. Reconheço que me equivoquei, mas não me arrependo. Não aguento mais essas intervenções ignorantes e sem fundamentos daqueles que deviam policiar a cidade. O que devemos fazer? Com quem devemos falar? Para eles largarem do nosso pé. Cansei de gás de pimenta, cansei de ter que pedalar olhando para trás toda hora e ver se alguém irá me atingir. Já estou de saco cheio de ver amigos meus sendo colocados em viaturas, no camburão, ter que fazer B.O, aguardar toda a burocracia. Isso me chateia muito e vou lutar para que não aconteça de novo.
Sempre busco usar mais a razão do que a emoção, mas nesses momentos de injustiças meu sangue ferve, meu coração palpita mais forte e eu vou lutar pela defesa. Mas devo e devemos sempre usar a inteligência. O nosso advogado da Bicicletada deu boas idéais, e caso ele queira podia lançar aqui na lista. Resumidamente, seriam atitudes que devemos tomar quando a polícia abusa do poder. Bom, creio que escrevi demais. Vou fazer um relato detalhado e minucioso no meu blog, dando nome aos bois. Disse que cansei de muitas coisas, mas nunca desistirei de gritar, nunca me cansarei de pedalar e jamais deixarei de lutar e acreditar que vamos ter uma cidade com mais respeito para todos. Las barricadas não serão derrubadas e eles não passarão, pelo menos por mim, NADIE PASARÁ!!! Abraços, beijos de um homem triste com toda essa situação."

F A. B.

e leia aqui o perengue na delegacia

Fala galera,

Eu nem ia escrever sobre a sexta passada, porém após ler todos esses comentários, tenho que dar o meu ponto de vista, também gostaria de aproveitar para dar a opinião do próprio delegado que nos atendeu na delegacia. Aliás, delegado que nos atendeu de forma educada.

Bem, eu fico pensando na vida infeliz que esses PMs vivem na Paulista, aliás, não apenas os que vivem na Paulista, mas todos os que são PMs e vivem infelizes com essa função. Quem estava na Bicicletada de sexta pode conferir a maneira como fomos abordados pelos policiais, já chegaram revoltados e “intimando” sobre “liderança”. Querendo impor um limite que não lhes foi legado.

Em primeiro lugar pudemos conferir que nossa polícia é muito despreparada, foge aos padrões de crescimento que tomaram nosso país.

Volto a lembrar que fui agarrado pelo cabo Nobuyuki pelas costas, quando já me retirava do local, junto ao Aragonez, e as palavras proferidas pelo policial foram exatamente essas: “Você vem comigo!”.

Me senti no fim dos anos 80, quando a polícia fazia o que queria. Na delegacia, lógico que a “mini-gang” de PMs tentou me intimidar. Porém já desde o início começaram se dando mal, posso dizer que senti uma certa empatia do delegado. Vou relatar a primeira conversa com o delegado:

Fomos eu e o soldado “J. Santos” ao encontro do delegado:
Delegado: - “O que houve?”

j. Santos: - “Pegamos este meliante pichando as vias públicas na Av. paulista.”

Delegado: - “Você o viu pichar?”

j.Santos: - “Não!”

Delegado: - “Você tem alguma testemunha que o viu pichar?”

j. Santos: - “Não”

Delegado: - “Esperem ali na sala ao lado que já os chamo.”

Nisso seguiu-se toda a espera que alguns gentilmente aguardaram do lado de fora, Após toda a espera, fomos chamados de volta ao delegado:

Delegado: - “Soldado, vocêo viu pichar?”

J.Santos: - “Não mas apreendi esta lata de spray.”

Delegado: - “Da mão dele?”

j.Santos: - “Sim, retirei da mão dele”

Bigodon: - “É bom que tenham minhas digitais aí nessa lata.”

Delegado: - “Calma! J. Santos pode se retirar que já o chamo.”

Nisso ficamos eu e o Albert na sala do delegado dando minha versão aos fatos. Em dado momento, me dirigi ao delegado comentando do abuso. E o delegado singelamente nos disse – “Acho que houve excessos por parte da PM”, completei dizendo – “Doutor! Esse B.O. nem me preocupa, o que mais me preocupa é saber quem nossa sociedade está permitindo carregar armas. Dar uma arma para um soldado que consegue olhar no olho de uma pessoa e mentir descaradamente, eu fico preocupado.” O delegado, apenas fez um gesto afirmativo com a cabeça.

Esse foi o ocorrido, abaixo seguem minha opiniões pessoais: A ignorância para alguns em alguns momentos é uma benção, mas nunca há como se negar que inteligência faz falta.

Foto: Pedalada Pelada - WNBR

Imagem, revela nosso Major Benjamin(sub comandante do 7° Bpm) no momento mágico...

Tenho um amigo do alto escalão da PM, ele disse que essa intervenção feita sem ordem superior pode custar a carreira daqueles policiais. Antes de abordar um grupo eles tem que comunicar o fato à central, que além de passar as instruções, envia reforços imediatos para controle da situação, no treinamento eles são orientados a nunca abordar um grupo sem o mínimo de segurança. Segundo esse coronel, esse foi o primeiro erro deles, entrar na confusão para depois comunicar.

Segundo erro, arma em punho, a partir do momento que não existe ameaça física contra um dos membros da corporação ou qualquer outro civil, nenhum policial pode sacar a arma. Isso é considerado “intimidação”.

Agora imaginem, uns profissionais incapacitados, mau treinados e achando que são os novos super-heróis de uma sociedade destruída como a nossa, e o pior, ganhando R$ 1.000,00/mês.

Só poderia gerar um bando de revoltados! Os mesmos revoltados que não entendem o que fazemos, os mesmos revoltados que não tem moral, nem capacidade de assumir os erros.

Por isso eu digo: “CUIDADO com a PM!”

Abraços, A. S.

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domingo, 5 de outubro de 2008

Impermanente


Tudo o que nasce morre.
Tudo o que chega parte.
O que foi tomado será perdido.
O que foi feito será quebrado.
O tempo passa como uma flecha.
Tudo é efêmero.
Há algo, neste mundo, que não seja transitório?
(Dogen Zenji)


Desde a mais tenra infância, sempre no começo da primavera, sinto o peso de cronos em meu ser. É em outubro, que um desejo agiganta-se em nossa (quase) consciência: recuperar nosso kairos.
Como gostaria nesse mês de pedalar por algumas estradas rurais de São Paulo e Minas Gerais, de ler mais e mais poesias, de almoçar um simples arroz ( pode ser acompanhado do feijão), ver e ouvir um samba...tudo isso pranteado pelas asas da liberdade. Que bom seria!!!